quarta-feira, 21 de abril de 2010

Orquestra Sinfônica Brasileira: hoje, no Espaço Tom Jobim



A Orquestra Sinfônica Brasileira, com regência de Marcos Arakaki e solo da harpista Jennifer Campbell, realiza nesta quarta-feira, dia 21 de abril, concerto comemorativo dos cinquenta anos de Brasília, com obras de Debussy (Danças: Sacra e Profana), Chopin (Grande Valsa Brilhante), Carlos Gomes (Alvorada, da ópera Lo Schiavo), Villa-Lobos (Prelúdio das Bachianas Brasileiras nº4) e Tom Jobim (Garota de Ipanema e a Sinfonia da Alvorada).

Quarta, 21 de abril, às 20h
R$ 30,00

Espaço Tom Jobim (350 lugares)
Rua Jardim Botânico, 1008 | Jardim Botânico
Tel: 2274-7012

segunda-feira, 19 de abril de 2010

roteiro da exposição

A abrangência da sua atuação e a liberdade do seu pensamento são de tal ordem, que uma exposição focada na sua obra reflete em recantos insuspeitos da vida cultural brasileira, e uma das marcas que se pretende conferir ao projeto é revelar essa diversidade através do Lucio Costa arquiteto – cuja trajetória é indissociável do seu modo de ser, de pensar e de agir.

No térreo do Museu Nacional da Republica, em aproximadamente 250 metros lineares de painéis expositivos, estarão dispostos seus projetos, suas intervenções vinculadas ao nosso patrimônio histórico, pequenos trechos escritos, e até mesmo aspectos inesperados de sua personalidade.

Alguns desses painéis dispõem de monitores de TV, nos quais o próprio Lucio Costa fala sobre os projetos ali expostos, tornando-se assim o “guia” da exposição.

1. Formação

2. Anos 20

3. Anos 30 – 1930 / 1935
Casa Fábio Carneiro de Mendonça – 1930
Casa Fontes – 1930
Direção da Escola Nacional de Belas Artes – 1930 / 31
Casa Schwartz – 1932
Clube Marimbas – 1932
Casas sem Dono – 1933
Monlevade – 1934

4. Ministério da Educação e Saúde – 1936

5. Anos 30 – 1937 / 1939
Museu das Missões – Patrimônio Histórico – 1937
Cidade Universitária – 1937
Pavilhão do Brasil, Feira Mundial de Nova York – 1938 / 39

6. Anos 40
Casa Hungria Machado
Casa Saavedra
Parque Guinle
Park Hotel

7. Anos 50 – 1950 / 1956
Casa do Brasil na Cidade Universitária de Paris – 1952
Sede social do Jockey Club – 1954
Altar para o Congresso Eucarístico – 1955
Sede do Banco Aliança – 1956

8. Anos 60
Cobertura para a filha Maria Elisa – 1963
Pavilhão do Brasil na XIII Trienal de Milão – 1964
Rampas de acesso ao Outeiro da Glória – 1965
Plano Piloto para a Baixada de Jacarepaguá – 1969

9. Anos 70
Monumento a Estácio de Sá – 1970
Proposta para Museu de Ciência e Tecnologia – 1970
Nova Capital da Nigéria – 1977
N ovo Pólo Urbano em São Luis – 1979

10. Anos 80
Casa para a filha Helena
Casa para Edgard Duvivier.

11. Anos 90
Concepção editorial e gráfica de seu único livro, “LUCIO COSTA – REGISTRO DE UMA VIVÊNCIA”

O Mezanino do museu está reservado exclusivamente a Brasília.
Contexto histórico de 1957 a 1960
Croquis e estudos – Plano Piloto de Brasília
Original do Plano Piloto de Brasília apresentado no Concurso
Manuscrito de LC para a Memória Descritiva do Plano Piloto
Repercussão da fundação de Brasília

making-of 3

A "poltroninha" Lucio Costa lançada pela OCA de Sérgio Rodrigues em 1960, estará presente na exposição, criando ambientes onde o visitante poderá folhear o livro "Lucio Costa – Registro de uma Vivência" confortavelmente instalado.

making-of 2

Pavilhão do Brasil
Feira Mundial de Nova York de 1939
Colaboração Oscar Niemeyer

Em 1938, houve um concurso para o Pavilhão do Brasil em Nova York. Lucio ganhou o primeiro lugar, cabendo o 2º a Oscar Niemeyer, na época ainda pouco conhecido. Como gostou do partido de implantação mais solto do projeto de Oscar, Lucio propôs que fossem ambos para Nova York elaborar em conjunto um 3º projeto.
"O que estava em jogo era a boa causa da arquitetura." LC




Casa SAAVEDRA
Anos 40

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Pavilhão da Trienal de Milão

Na exposição LUCIO COSTA – ARQUITETO haverá uma réplica em escala 1/1 do Pavilhão da Trienal de Milão, de 1964.



Lucio Costa, em seu livro “Registro de uma vivência” (Empresa das artes, 1995), descreve assim seu projeto:

“Tempo Livre”
Pavilhão do Brasil: RIPOSATEVI1

O "tempo livre" em termos brasileiros pode ter como símbolo a rede e o violão. Assim, a nossa participação nessa Trienal devendo ser econômica – por força das circunstâncias – poderá também resultar atraente e útil para o publico de um modo geral por sua singularidade. Bastará apresentarmos ali um ambiente de estar “mobiliado” apenas com redes – cerca de 14 – e alguns violões dos mais singelos, ambiente este destinado a acolher o inevitável cansaço dos visitantes da exposição, e que por sua índole, despertará fatalmente a curiosidade de todos.

Os ganchos de suporte destas redes, dispostos em X – cada grupo de 4 construído por um mesmo vergalhão – estarão suspensos por cabos finos de aço, retesados horizontalmente por tirantes de arame; assim, o próprio apoio delas estará solto do chão, particulidade que dará maior ênfase ao embalo da rede e ainda acentuará a graça peculiar do seu golbo de gôndola.

O ambiente onde estarão será delimitado por painéis de meia altura entalados entre couçoeiras ou canos de prumo. A modulação da planta assentará sobre uma trama de hexágonos entrelaçados, ou seja, de triângulos eqüiláteros justapostos. Internamente dois desses painéis serão ampliações fotográficas; no, de face, uma jangada de vela enfunada, assinalando-se que esse utensílio de trabalho – da mesma região de onde procedem as redes – tende a desaparecer, cabendo então transformá-lo em esporte regional para que o artesanato dele se mantenha e a tradição não pereça; no oposto, o sugestivo instantâneo colhido em Brasília no dia da inauguração, onde figuram irmãs de caridade e colegiais brincando de roda, de mãos dadas, na Praça dos Três Poderes. Os quatro painéis restantes serão alternadamente verde escuro (sombrio) e azul claro (cobalto); as redes de algodão, da fábrica Filomeno, serão brancas, verdes, azuis, amarelas, cor de abobora, roxas e vermelhas (tal como vendidas no Ceará); o chão, de areia. Externamente aqueles mesmos painéis serão pintados de preto (brilhante) e branco (fosco) e cada um levará num canto, sobreposta, uma fotografia de Brasília (a Praça dos Três Poderes, a Plataforma Rodoviária, o Eixo Residencial e uma Superquadra) como sugestão que essa mesma gente que passa o ”tempo livre” na rede, quando o “tempo aperta” constrói em três anos, no deserto, uma Capital.

Na face externa dos dois outros painéis estará escrito Brasil com letras brancas sobre o fundo verde e amarelo de partes desiguais, vendo-se no campo maior – amarelo – ao alto um circulo azul.

À guisa de teto ou dossel, haverá um conjunto de faixas amarelas e brancas2 penduradas e, sobrepostas a elas, letras altas e verdes convidarão o visitante a repousar: REPOSATEVI.

A legenda da foto, Lucio Costa escreve:
PS - Os violões, dos mais baratos, comprei-os à ultima hora, na Rua da Carioca.
Ao noticiar a Trienal a revista TIME publicou uma única foto: a da nossa participação

Um belo trabalho sobre o Pavilhão foi desenvolvido por Eduardo Pierrotti Rossetti, doutorando FAUUSP, sob o titulo Riposatevi: a Tropicália de Lucio Costa na XIII Trienal de Milão e pode ser visto no site:
http://www.docomomo.org.br/seminario%206%20pdfs/Eduardo%20Pierrotti%20Rossetti.pdf

______________________

1. Colaborou no projeto o arquiteto Sergio Porto e as fotos são de Marcel Gautherot. A iniciativa foi de Jayme Maurício e sua filha Helena Costa esteve presente na Trienal.


2. Na montagem, Lucio Costa substitui por faixas, azul, verde escuras e brancas.


segunda-feira, 5 de abril de 2010